sábado, 31 de março de 2012

SEMINÁRIOS APONTA PROPOSTAS PARA A MÍDIA PÚBLICA


Emissoras, movimentos sociais e parlamentares lançam manifesto e alternativas para enfrentar monopólio e democratizar acesso da sociedade à TV
Após três dias de debates no Seminário de Regulação da Comunicação Pública, representantes das emissoras do campo público, movimentos sociais e parlamentares apresentaram o documento final do evento, o Manifesto por uma Regulação Democrática para a Comunicação Pública, na plenária da última sexta (23).
Entre as principais reivindicações estão a criação de um Conselho Nacional de Comunicação, com caráter deliberativo, participação democrática e indicação direta pela sociedade de seus membros, além da instalação imediata do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.
Foi cobrada também a regulamentação do Artigo 223 da Constituição Federal, que prevê a complementariedade entre os sistemas público, privado e estatal. O documento aponta a necessidade de garantia de independência das emissoras do campo público frente aos governos, com a criação de espaços de participação da sociedade civil em sua gestão.
Um tratamento igualitário entre as emissoras comunitárias e públicas também foi cobrado para o próximo marco regulatório. Para tanto, foi defendido o fortalecimento das rádios comunitárias, com ampliação de potência, aumento de canais por cidades, garantia de financiamento e autonomia, o fim da criminalização dos radialistas comunitários e a inclusão das TVs comunitárias no processo de regulamentação do Canal Cidadania.
Com relação ao financiamento, foi solicitada a implantação de um fundo composto por recursos da contribuição para o fomento da radiodifusão pública e por novas fontes, como a taxação das emissoras comerciais e de aparelhos de TV. Também foi defendido que as televisões e rádios comunitárias possam receber recursos de publicidade de governo e empresas estatais e que parte do Fundo Setorial do Audiovisual, gerenciado pela Agência Nacional do Cinema, seja destinado ao fomento da produção independente em parceria com as emissoras públicas.
No documento, também foi cobrado um aumento da programação regional e independente em todas as emissoras públicas, com o estabelecimento de percentuais mínimos, tendo como referência as cotas definidas pela Lei 12.485/11, que estabeleceu um novo regulamento para a TV por assinatura. O apoio a um operador de rede dos canais digitais do campo público também foi reforçado no documento.
Além do manifesto, o seminário também aprovou algumas moções de apoio: em defesa da Classificação Indicativa; pela anistia dos radiodifusores comunitários condenados; em apoio ao Conselho Curador da EBC pela definição da política de transmissão de conteúdos religiosos; e pela manutenção do caráter público da TV Cultura de São Paulo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

CRÍTICA DA ÓPERA "LA TRAVIATA" DE VERDI TEMPORADA 2012, SÃO PAULO, BRASIL


Talvez, mais popular das óperas, preferida tanto pelos aficionados  do bel canto como pelo público em geral “La Traviata” de Verdi estreou dia 22 de março iniciando a temporada de 2012 no Theatro Municipal de São Paulo. A história se passa em Paris e seus arredores por volta de 1850. A heroína de Alexandre Dumas Marquerite Gouttier e o personagem Violleta na ópera. Sopranos celebres como Bidu Sayão, Maria Callas, Renata Tebaldi, Joan Suterland, Angela Gheorghiu  entre poucas plantaram suas almas de grandes divas com essa peça. O prelúdio estabelece o clima da ópera e ele é vital para preparar o público para as nuances de extrema sensibilidade associada à paixão, amor e morte. São três atos que montam estágios distintos desde o virtuosi da soprano coloratura no 1º ato na extraordinária ária “Sempre Libera’ até a força dramática do II e III ato. “ La Traviata” oferece tanto ao soprano( Violleta); tenor(Alfredo); Barítono( Giorgio Germont) desempenhos como sucessos e fracassos. Uma coisa é necessário na ópera: voz, voz e voz.

No espetáculo do dia 22 e 24 Irina Dubrovskaya, soprano russa, desempenhou Violletta com primor e segurança mostrou seus dotes de diva com sua belíssima voz e interpretação perfeita, além de ser uma mulher bonita. Surpreendeu no II e III ato por deslocar-se para timbres em que se ressaltam possíveis incisões como meiosso-soprano.  Não é uma Callas,  Saião, e tão  pouco uma Surterland, porém tirou de ambas a sua individualidade, respectivamente como são distintas as Violletas de Maria, Joan, Bidu.
Roberto de Biasio, tenor italiano, como Alfredo desde o I Ato mostrou-se perfeito, “ Un di Felice, etérea”. Sua voz passa todo encantamento do apaixonado, perfeito no volume e em compartilhar de acordo com as cenas as notas musicais para cada momento, os estágios do sofrimento de Alfredo . Uma figura belíssima e um ator na medida certa. 
Paolo Coni, barítono italiano, no II ato na ária “Pura siccome um angelo”, mantém o volume desejado, principalmente nas notas musicais que variam dos graves aos agudos, sua presença é marcante e complementa o trio dessa primorosa montagem.
Magda Painno, meiossoprano brasileira(Flora Bervoix); Sandra Felix, soprano brasileira, (annima);Eduardo Trindade, tenor, paulista, (Gastone Visconte de Letorières); Luiz Orefice, barítono, estavam precisos nos seus personagens e contribuíram no entrosamento dessa récita do dia 24, utilizando as suas vozes e interpretações como Il faul.
Abel Rocha regeu com perfeição a orquestra tendo os seus componentes a altura dos requisitos da partitura. A questão do cenário e figurinos foram prejudiciais à ópera - muitos musicólogos, críticos, cantores e público reafirmam que a chamada contemporaneidade muitas vezes distancia a obra e o clima. Esse tema tem sido debatido com frequência.  “Aconteceu: figurinos frios, sem graça, apáticos ( o figurino não é neutro e chamá-lo de personagem é muita pretensão) um cenário minimalista e monótono,sem dúvida é apenas uma caixa preta.” Libiano ne lieti calici  não foi como deveria ser um convite à bebida e sim um estranhamento percebido pelo público. Daniele Abbado não define as cenas mesmo na sua “modernidade” e desterritoriza sequencias importantes, desnecessária a constante tirada de roupa de Violleta - nessa avalanche da busca o “novo” a iluminação de Valerio Alfieri não se define e prejudica em muito o espectador. No III ato Marcos Carvalho, tenor mineiro, fica plantado mediante sua marcação de costa para o público tapa a imagem de Violleta no momento crucial  de “ Addio del Passato. Pessoas na plateia gritaram saia da frente. A coreografia entra no mesmo clima,ou seja torna a distanciar o público, pretensiosa e as máscaras bestiais  usadas confirma o mesmo erro de confundir a cortesan Violleta com uma prostituta. Ficam  as lembranças e imagens da deslumbrante montagem de Zefirelli no Theatro Municipal do  Rio de Janeiro onde os figurinos e cenários invertem com sapiência a sequência do drama. 
Vicente de Percia      

sábado, 24 de março de 2012

QUERELLE

Hoje em dia, a produção em massa e a popularidade dos FILMES LGBT são evidentes, com proliferação de mais de cem festivais sobre o tema em todo o mundo e êxitos como “As Horas (2002), em que são lésbicas as protagonistas (Meryl Streep, Julianne Moore e Nicole Kidman) das três histórias em torno de uma novela de Virginia Woolf. Um boom de formato e qualidade variada, com muitos longas aborrecidos e outros mais honestos, desenhando personagens sem caricatura, diferente dos primeiros passos homossexuais na história do cinema.
O cinema acatou, ao longo de décadas, códigos rígidos e controle sobre a identidade e o comportamento de seus personagens. Ainda assim, a homossexualidade está presente desde a sua invenção. Na Dinamarca, o genial diretor Carl Th. Dreyer narrou explicitamente a atração de um escultor por um jovem que adota como filho em “Mikael” (1924). Na Alemanha, cuja capital fora até a ascenção de Hitler tratada como metrópole gay da Europa e sede da primeira organização do mundo a combater a intolerância sexual, Richard Oswald dirigiu “Diferente dos Outros” (1919), com Conrad Veidt interpretando um violonista gay que acaba se matando. Mesmo sendo um sucesso de público, da obra original preservou-se apenas 30 minutos numa cópia de má qualidade. “Fridericus-Rex-Zyklus” (1922) fez menção à orientação sexual do imperador Frederico, o Grande. No entanto, nenhuma filme da época ousou tanto como “Senhoritas em Uniforme” (1932), de Leontine Sagan e com um elenco totalmente feminino. Retrata a vida num internato, destacando uma ardente e inequívoca história de amor entre duas jovens mulheres. Terminou banido pelo regime nazista e muitas das suas participantes tiveram que fugir do país.
Nos anos 1930, Marlene Dietrich, vestida de fraque e cartola, atira uma flor para uma mulher na platéia e, em seguida, a beija nos lábios, durante um número musical em “Marrocos” (1930); Mae West, depois de uma bebedeira, acorda na cama de outra senhora em “Noite Após Noite” (1932); Greta Garbo interpretou uma monarca masculinizada em “Rainha Cristina” (1933). Eram exceções em Hollywood, afinal a censura, de fato, reprimia o cinema impondo códigos moralistas adotados pelos grandes estúdios. Até 1969, zelando uma suposta moral, o Código Hayes proibiu questionamentos “não humorísticos” sobre gays e lésbicas em qualquer filme norte-americano. Já nas festas privadas, tudo era bem distinto. As inclinações sexuais dos galãs e vamps da Babilônia moderna eram respeitadas sem o mesmo pudor das telas. O pai do cinema, David W. Griffith, era um gay notório. A diva russa Alla Nazimova, estrela de “Camille” (1921), militava seu lesbianismo. As irmãs Lillian e Dorothy Gish eram amantes. O alemão Emil Jannings, o primeiro a receber o Oscar de Melhor Ator, preferia rapazes. Clark Gable começou como garoto de programa, tendo entre seus clientes, o diretor de “My Fair Lady”, George Cukor. Greta Garbo, a Divina, era lésbica. Joan Crawford gostava de ambos os sexos. O brilhante diretor F. W. Murnau morreu num acidente de carro com a “pomba” do seu motorista asiático na boca. James Whale, do clássico “Frankenstein” (1931), não escondia seu homossexualismo.
O controle moral nas telas foi ainda mais maniqueísta durante e pós-Segunda Guerra Mundial, quando a tradição familiar revelou-se intocável e não se casar gerava desconfiança. Astros e estrelas do porte de Rodolfo Valentino, Ramon Novarro, Burt Lancaster, Rock Hudson, Arletty, Cary Grant, Jack Palance, Montgomery Clift, James Dean, Claudette Colbert, Robert Taylor, Troy Donahue, Tab Hunter, Barbara Stanwyck, Charles Laughton, Dirk Bogarde ou Alan Bates não davam nas vistas, mas foram obrigados a assumir publicamente romances heterossexuais, temendo a decepção dos fãs e o fracasso. Ao terminar um sólido relacionamento com Randolph Scott, Cary Grant tentou se matar. Gary Cooper foi proibido pelo chefão da Paramount de ser visto ao lado de um amigo delicado e inseparável, Andy Lawler, com quem habitava sob o mesmo teto. A imprensa tanto alimentava ruídos sobre esses casos como vendia o silêncio em troca de muitos dólares. A corrosiva colunista Hedda Hopper durante muito tempo tirou o sossego do ator Montgomery Clift, tendo em mãos uma cópia de queixa-crime por atentado ao pudor.
Atrevimentos e a quebra de tabus morais ficaram por conta dos cineastas europeus, como o escritor e dramaturgo Jean Genet que realizou “Chant d’Amour” (1950), e Roger Vadim, que enfatizou uma atração lésbica entre Elza Martinelli e Annette Stroyberg em “Rosas de Sangue” (1961), talvez o seu melhor filme. Diretor menor, o italiano Vittorio Caprioli fez sucesso com o corajoso “Ascensão e Queda de Madame Royale” (1969), em que um ex-dançarino gay, que ama passar suas tardes de sábado vestido de mulher com seus amigos, acaba se metendo em encrenca quando é forçado a se tornar informante da polícia para ajudar sua filha adotiva e se apaixona por um policial. Nessa época, os Estados Unidos trataram o tema discretamente em “Infâmia” (1961), de William Wyler, contando os efeitos devastadores dos mexericos escandalosos envolvendo duas professoras (Audrey Hepburn e Shirley MacLaine) num colégio interno de garotas, e “Tempestade sobre Washington” (1962), de Otto Preminger, sobre um escândalo sexual entre senhores em altas esferas políticas.
De lá pra cá, surgiram centenas de filmes enfocando a temática GLS. Atualmente, os asiáticos Ang Lee e Stanley Kwan são referência na cinematografia gay. Além deles, os franceses André Tèchiné e François Ozon, os espanhóis Ventura Pons e Pedro Almodóvar, o alemão Werner Schroeter, o grego Constantine Giannaris e os norte-americanos Todd Haynes e Gus van Sant.
Hoje em dia, a produção em massa e a popularidade dos FILMES LGBT são evidentes, com proliferação de mais de cem festivais sobre o tema em todo o mundo e êxitos como “As Horas (2002), em que são lésbicas as protagonistas (Meryl Streep, Julianne Moore e Nicole Kidman) das três histórias em torno de uma novela de Virginia Woolf. Um boom de formato e qualidade variada, com muitos longas aborrecidos e outros mais honestos, desenhando personagens sem caricatura, diferente dos primeiros passos homossexuais na história do cinema.
O cinema acatou, ao longo de décadas, códigos rígidos e controle sobre a identidade e o comportamento de seus personagens. Ainda assim, a homossexualidade está presente desde a sua invenção. Na Dinamarca, o genial diretor Carl Th. Dreyer narrou explicitamente a atração de um escultor por um jovem que adota como filho em “Mikael” (1924). Na Alemanha, cuja capital fora até a ascenção de Hitler tratada como metrópole gay da Europa e sede da primeira organização do mundo a combater a intolerância sexual, Richard Oswald dirigiu “Diferente dos Outros” (1919), com Conrad Veidt interpretando um violonista gay que acaba se matando. Mesmo sendo um sucesso de público, da obra original preservou-se apenas 30 minutos numa cópia de má qualidade. “Fridericus-Rex-Zyklus” (1922) fez menção à orientação sexual do imperador Frederico, o Grande. No entanto, nenhuma filme da época ousou tanto como “Senhoritas em Uniforme” (1932), de Leontine Sagan e com um elenco totalmente feminino. Retrata a vida num internato, destacando uma ardente e inequívoca história de amor entre duas jovens mulheres. Terminou banido pelo regime nazista e muitas das suas participantes tiveram que fugir do país.
Nos anos 1930, Marlene Dietrich, vestida de fraque e cartola, atira uma flor para uma mulher na platéia e, em seguida, a beija nos lábios, durante um número musical em “Marrocos” (1930); Mae West, depois de uma bebedeira, acorda na cama de outra senhora em “Noite Após Noite” (1932); Greta Garbo interpretou uma monarca masculinizada em “Rainha Cristina” (1933). Eram exceções em Hollywood, afinal a censura, de fato, reprimia o cinema impondo códigos moralistas adotados pelos grandes estúdios. Até 1969, zelando uma suposta moral, o Código Hayes proibiu questionamentos “não humorísticos” sobre gays e lésbicas em qualquer filme norte-americano. Já nas festas privadas, tudo era bem distinto. As inclinações sexuais dos galãs e vamps da Babilônia moderna eram respeitadas sem o mesmo pudor das telas. O pai do cinema, David W. Griffith, era um gay notório. A diva russa Alla Nazimova, estrela de “Camille” (1921), militava seu lesbianismo. As irmãs Lillian e Dorothy Gish eram amantes. O alemão Emil Jannings, o primeiro a receber o Oscar de Melhor Ator, preferia rapazes. Clark Gable começou como garoto de programa, tendo entre seus clientes, o diretor de “My Fair Lady”, George Cukor. Greta Garbo, a Divina, era lésbica. Joan Crawford gostava de ambos os sexos. O brilhante diretor F. W. Murnau morreu num acidente de carro com a “pomba” do seu motorista asiático na boca. James Whale, do clássico “Frankenstein” (1931), não escondia seu homossexualismo.
O controle moral nas telas foi ainda mais maniqueísta durante e pós-Segunda Guerra Mundial, quando a tradição familiar revelou-se intocável e não se casar gerava desconfiança. Astros e estrelas do porte de Rodolfo Valentino, Ramon Novarro, Burt Lancaster, Rock Hudson, Arletty, Cary Grant, Jack Palance, Montgomery Clift, James Dean, Claudette Colbert, Robert Taylor, Troy Donahue, Tab Hunter, Barbara Stanwyck, Charles Laughton, Dirk Bogarde ou Alan Bates não davam nas vistas, mas foram obrigados a assumir publicamente romances heterossexuais, temendo a decepção dos fãs e o fracasso. Ao terminar um sólido relacionamento com Randolph Scott, Cary Grant tentou se matar. Gary Cooper foi proibido pelo chefão da Paramount de ser visto ao lado de um amigo delicado e inseparável, Andy Lawler, com quem habitava sob o mesmo teto. A imprensa tanto alimentava ruídos sobre esses casos como vendia o silêncio em troca de muitos dólares. A corrosiva colunista Hedda Hopper durante muito tempo tirou o sossego do ator Montgomery Clift, tendo em mãos uma cópia de queixa-crime por atentado ao pudor.
Os atrevimentos e a quebra de tabus morais ficaram por conta dos cineastas europeus, como o escritor e dramaturgo Jean Genet que realizou “Chant d’Amour” (1950), e Roger Vadim, que enfatizou uma atração lésbica entre Elza Martinelli e Annette Stroyberg em “Rosas de Sangue” (1961), talvez o seu melhor filme. Diretor menor, o italiano Vittorio Caprioli fez sucesso com o corajoso “Ascensão e Queda de Madame Royale” (1969), em que um ex-dançarino gay, que ama passar suas tardes de sábado vestido de mulher com seus amigos, acaba se metendo em encrenca quando é forçado a se tornar informante da polícia para ajudar sua filha adotiva e se apaixona por um policial. Nessa época, os Estados Unidos trataram o tema discretamente em “Infâmia” (1961), de William Wyler, contando os efeitos devastadores dos mexericos escandalosos envolvendo duas professoras (Audrey Hepburn e Shirley MacLaine) num colégio interno de garotas, e “Tempestade sobre Washington” (1962), de Otto Preminger, sobre um escândalo sexual entre senhores em altas esferas políticas.
De lá pra cá, surgiram centenas de filmes enfocando a temática GLS. Atualmente, os asiáticos Ang Lee e Stanley Kwan são referência na cinematografia gay. Além deles, os franceses André Tèchiné e François Ozon, os espanhóis Ventura Pons e Pedro Almodóvar, o alemão Werner Schroeter, o grego Constantine Giannaris e os norte-americanos Todd Haynes e Gus van Sant.




quarta-feira, 21 de março de 2012

INDICAÇÃO CRÍTICA - VICENTE DE PERCIA( BOW ART INTERNATIONAL /A.I.C.A. INDICA:'' JOGANDO COM A AURA"


TESTE ESTE relativamente curto (48 páginas de formato pequeno) tem sido um dos mais influentes pensamento do século XX. Vá até virar uma menos conhecida hoje menos influente escritor, Paul Valery, onde o autor de "Cemitério Marinho", argumenta para "a conquista da ubiquidade". Não tem (citando Benjamin): "Espera-se que esses grandes empreendimentos [em" a velha indústria da beleza "] transformar toda a técnica das artes e, assim, agir sobre o próprio processo de invenção, talvez atingindo também a mudança prodigiosamente a própria idéia de arte. "
Em grande parte de texto de Benjamin amplia e aprimora essa idéia, com um recesso mente tão afinado e língua, e exemplo concreto proposto, que seu poder é explosivo.Quase nenhuma página que não projetar novas estradas.
Embora o trabalho de arte tem sido sempre reprodutível, existem casos históricos, onde o processo é acelerado. Além disso, cada novo salto absorve acima: se a gravação foi reproduzida pela primeira vez o desenho, na Idade Média ", além da gravura em gravura de cobre, gravura e água-tinta, no início do século XIX a litografia," , uma técnica que permitiu o desenho de "acompanhar a vida diária, com ilustrações. Ele começou a acompanhar com a imprensa."

VIAGEM

Ainda resta esperança
no afago das cores, 
nos galhos assimétricos 
que satisfeitos com eles mesmo
caem sobre nossas cabeças.


O livre-arbítrio da natureza
concede-me confissões
que tinha medo em revelar- lhe
ao longo de uma vida que passei
sem rever o arrependimento.


Nessa manhã  é visível
não só a impressão desse
cenário onde os cipós 
caem das árvores soltos
sobre nós. 


E Sonsos, aparentemente leves
prometem-me uma viagem reparadora.


Vicente de Percia
início de outono de 2012