quinta-feira, 24 de março de 2011

ARQUITETURA DA RECONSTRUÇÃO CHILENA

Depoimento de Patricio Mardones à revista AU de março fala da do papel dos arquitetos após tragédias como terremotos. Como contribuir para a recuperação do espaço?Mauricio Lima, com informações da revista AU
Após o acontecimento de uma catástrofe natural, há a necessidade da reconstrução do espaço afetado, para que as pessoas voltem a viver em sua localidade. Essa reconstrução aconteceu no Chile, em fevereiro de 2010, e deverá acontecer agora no Japão.
Na última edição da Revista AU, o arquiteto argentino Ricardo Sargiotti, sócio-fundador do estudio x arquitectos e professor de desenho arquitetônico na Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Cordoba, perguntou ao arquiteto chileno Patricio Mardones como funciona o processo de reconstrução de um país após a tragédia.Leia a seguir alguns trechos desta entrevista.

sexta-feira, 18 de março de 2011

"DESGASTE" NA ARTE CONTEMPORÂNEA

Paredes descascadas e caindo aos pedaços incomodam os olhos? Não se todo o desgaste for causado propositalmente como acontece neste museu em Portugal. O MACE (Museu de Arte Contemporânea de Elvas) é o antigo Hospital da Misericórdia local e conta com instalações que, à primeira vista, podem parecer puro entulho.
A mostra "Museu em Ruínas" é resultado da reunião de diversos artistas na transformação do Hospital em ambiente cultural.

quinta-feira, 17 de março de 2011

EGITO:TEORIA DO CAOS À AMERICANA

Por Pepe Escobar, do Asia Times Tradução: Coletivo VilaVudu
Condoleeza, Condoleeza. Dê um visto para ele[Cantado, ouvido na Praça Tahrir, Cairo]
Quem esteja acreditando que a “transição pacífica” de Washington liderada pelo vice-presidente Omar Suleiman (vulgo Sheikh al-Tortura, como se ouve de manifestantes e ativistas dos direitos humanos) satisfará multidão egípcia acredita também que Adolf Hitler ou Joseph Stalin ter-se-iam safado com qualquer simples injeção de silicone.
A multidão no Egito é urbana e jovem e luta por pão, liberdade, democracia, internet, empregos e algum futuro decente, – e outras multidões por todo o mundo árabe, dois terços da população total, entendem perfeitamente o movimento dos egípcios.
Verdadeira “mudança em que se pode acreditar” (na versão egípcia) não significa apenas se livrar de um ditador que dura 30 anos, mas também do torturador-em-chefe, que até hoje sempre foi interlocutor-chave de Washington, Telavive e capitais europeias, e expoente de um regime apodrecido até o âmago, dependente da exploração sem piedade dos próprios cidadãos e receptador de ajuda que os EUA lhe oferece para implantar agendas a favor das quais virtualmente ninguém votaria no mundo árabe.
“Transição ordeira” pode também ser tomada como eufemismo chocante para “sentar no muro” – o que é muito diferente de exigir claramente qualquer democracia. A Casa Branca está convertida numa sucessão de pretzels brancos dedicados a tentar salvar o que reste do conceito. Mas fato é que, tanto quanto o Faraó Mubarak é escravo da política externa dos EUA, também o presidente Barack Obama está preso na arapuca de imperativos geopolíticos e vastíssimos interesses corporativos que não pode nem sonhar com incomodar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

MOSTRA SOB O PESO DOS MEUS AMORES

Bordado sobre linho, uma das obras na retrospectiva. A arte contemporânea do cearense José Leonilson Bezerra Dias (1957-1993) passa longe do apelo cerebral. Repletos de pessoas, objetos do cotidiano, rios e montanhas, seus mais de 3.700 desenhos abordam relações amorosas, conflitos humanos e uma revolta poética reforçada, por vezes, com a inscrição de frases ou palavras de ordem no meio ou nas bordas dos trabalhos. No Itaú Cultural, a retrospectiva Sob o Peso de Meus Amores ocupa três andares com 300 pinturas, bordados, brinquedos e, principalmente, desenhos de Leonilson. No subsolo, há uma escultura em forma de globo, feita em conjunto com o alemão Albert Hien e trazida de Munique especialmente para a exposição – mede 2,30 metros de largura, 5 de altura e 2,40 de profundidade. A mostra inclui também a reedição de sua derradeira obra, no espaço para o qual foi concebida: a Capela do Morumbi. Executada por amigos artistas antes da morte de Leonilson, vitimado por complicações decorrentes da aids, trata-se de uma epifania, feita de roupas brancas costuradas e bordadas. SOB O PESO DOS MEUS AMORES. Itaú Cultural: Av. Paulista, 149, t Brigadeiro, tel. 2168-1776