terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O HAITI É AQUI - ABANDONO NOS HOSPITAIS DE RONDÔNIA

Não há mais limites para o sofrimento enfrentado por pacientes que buscam ajuda médicas nos hospitais de Rondônia. Cenas de desespero deixam os reporteres sem possibilidades de descrever o descaso e o aviltamento sofrido em função das irresponsabilidades na área da saúde - reprises constantes da morte anunciada e da incopetência administrativa. As falsas estatísticas do "progresso" não revelam a realidade da situação da saúde no Brasil. Rondônia não é um fato isolado, os hospitais são sucatas e os que buscam ajuda morrem pelos corredores imundos dos hospitais públicos. Enquanto isto os salários dos políticos são aumentados a patamares que humilham o trabalhador.

O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), apresentou ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, um dossiê sobre o estado - que ele classificou como precário - de atendimento na emergência do setor hospitalar de Porto Velho. Moura pediu, como prioridade para combater a crise na saúde, a montagem de um hospital de campanha ao lado do Pronto-Socorro João Paulo II. A reunião entre o governo estadual e o ministro ocorreu na sexta-feira em Brasília, junto com a secretária executiva do Ministério da Saúde, Márcia Amaral, e o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Muller.
Na terça-feira da semana passada, o governador visitou o hospital João Paulo II, unidade que recebe uma média de 200 pacientes diários, o que totaliza aproximadamente 6 mil atendimentos por mês. Atualmente, o hospital possui 137 leitos comuns e 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A ideia de montar um novo hospital aumentaria em 100 o número de leitos disponíveis à população. Os pacientes seriam atendidos por médicos do Estado e das Forças Armadas.
Na terça-feira, representantes dos ministérios da Saúde, Defesa e Integração Nacional devem chegar a Porto Velho para realizar um diagnóstico do sistema de saúde.