sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PRECONCEITOS QUE DESAFIAM A ARTE- PARTE DO ENSAIO DO CRÍTICO VICENTE DE PERCIA


Um dos fatores que levam à distorção em relação à obra de arte é o preconceito motivado pelo “novo” e a indução às opiniões contraria a certas obras, principalmente por elas serem de agrado do grande publico. Existe uma irritabilidade por parte de alguns “intelectuais” de que quando o hermetismo está ausente e a informação é captada com facilidade ela não possua conteúdo preciso. Como se a arte não pudesse evoluir presa as linguagens de “fácil” compreensão. A razão disto está na rejeição aos chamados materiais, instrumentos e suportes tradicionais em função de outros mais modernos vindos com o desenvolvimento da tecnologia.
O artista iniciante na sua grande maioria busca o sucesso rápido e com isto não pretende em hipótese alguma passar por estágios necessários para compreender a extensão da arte e familiariza-se com seus múltiplos exercícios. Um dos fatores que proporciona esta postura são os processos subjetivos adotados atualmente inclusive pelo mercado. Nada mais cômodo que esquecer as qualidades e voltar-se para uma linguagem sem profundidade, descartável. Esta permissão surge mediante a um consentimento crítico que não desenvolve uma análise mais profunda acerca da tarefa artística, ora do momento em que há uma mostra, ou seja, o trabalho é exposto deve haver opiniões independes dos erros e acertos.
A criação, certamente utiliza-se de processos objetivo-subjetivo do artista e tem como fonte para o seu processo de linguagem além da ideia que complementa o pensamento um aprendizado e tentativas criativas que podem ser mais complexas. Cabe, pois avaliar coerentemente os estágios que possam trazer à tona tônicas que sirvam para avaliar a criação. Estas fases são múltiplas, intermináveis e fazem parte de um mergulho na busca e sedimentação de identidades que completem o avanço da qualidade e o embasamento estético visual.
Vicente de Percia