ANGÚSTIA
Nas calçadas repletas de gente o isolamento.
Nesta noite a analogia do negrume
cobre os miolos e o ego.
Há pouco colocava ketchup
e mostarda no cachorro quente,
tomava coca-cola.
Subitamente, as mãos ficaram úmidas
debruçadas nos teus cabelos distantes,
desfalecendo no vazio
no silêncio precipitado que corrói: a cabeça, as artérias, o estômago.
No reflexo somente a consciência
união chão a matéria.
Despia a alma duvidosa,
incendiando a inquisição...
Mostrando este poema louco.
vertiginoso,
sem sons,
Atritante nos ossos.
Dissolvia o tempo para o último encontro,
apontando todos os fortíssimos erros;
impondo segundo a segundo
com golpes fundos
o prenúncio da derrota,
o mistério de Chorar.
Poema de Vicente de Percia- "Brasil da Silva:Mistério de Chorar"- edit/ Achiamé, Rio de Janeiro.
VICENTE DE PERCIA - NOTÍCIAS ATUAIS, CRÍTICAS,LITERATURA,TEATRO,ARTES PLÁSTICAS, MÚSICA, CINEMA.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
POEMA ECHO "IN" CARTAGENA
POEMA DE GARCIA LORCA
VOLTA DE PASSEIO
Assassinado pelo céu, entre as formas que vão para a serpente e as formas que buscam o cristal, deixarei crescer meus cabelos.
Com a árvore de tocos que não canta e o menino com o branco rosto de ovo.
Com os animaizinhos de cabeça rota e a água esfarrapada dos pés secos.
Com tudo o que tem cansaço surdo-mudo e mariposa afogada no tinteiro.
Tropeçando com meu rosto diferente de cada dia. Asassinado pelo céu !
Assinar:
Postagens (Atom)