quarta-feira, 20 de julho de 2011

POEMA INÉDITO DE MIQUEL JORGE

Celas

Não há rima que faça o sol brilhar nesta cela.
A escuridão, escrava serviceira, fez parelha comigo.
Mergulho no rio, feito um cão escravo, feito quem usa palavra nova, de novo uso, assim como camisas brancasno varal, infladas ao vento.

Mergulho no rio, a pele de espelho, marcada de travos.
Troco as palavras, babel inscrita no com, ponto,Br da desordem.
Em dias de chuva, a alma armadilha-se.

02;Do azul não me lembro agora, o céu constróe-se em chamas de impossível reparos.
Superpostas cores, feito rio superposto em grito à ponte que se inclina.

Com abraço Miguel