quarta-feira, 7 de setembro de 2011

MERCADO DAS ARTES PLÁSTICAS - COMENTÁRIOS

O mercado de artes plásticas contemporâneas vive um período de franca expansão de suas exportações.
A grande novidade é que a Suíça já aparece como o segundo principal destino internacional das obras de arte brasileiras, atrás somente dos Estados Unidos.
Os efeitos da insistente crise financeira internacional que inibe negócios e prejudica diversos setores da economia há quase três anos estão sendo sentidos com menor intensidade no Brasil do que em outros países, mas um segmento da balança comercial brasileira em especial parece ignorar os tempos difíceis. De acordo com um levantamento realizado pela Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em cinco anos as exportações de quadros, esculturas, gravuras e colagens, entre outros itens da arte contemporânea brasileira, cresceram impressionantes 500%, passando de um valor negociado de US$ 1,9 milhão em 2005 para US$ 10,04 milhões em 2010. A maior parte dos negócios nesse período foi realizada com os EUA (US$ 4,6 milhões), mas a Suíça surpreendeu os analistas do mercado de artes com o segundo lugar (US$ 1,8 milhão), à frente do Reino Unido (US$ 1,7 milhão) e da Espanha (US$ 559 mil). Segundo a Apex-Brasil, uma das explicações para o incremento das vendas para a Suíça pode ser a crescente participação de galerias e expositores brasileiros na conceituada feira internacional de artes Art Basel, realizada anualmente no cantão suíço da Basiléia. Ao lado das feiras Bienal do Mercosul e SP Arte (Brasil), Frieze (Inglaterra) e Armory Show (EUA), o evento suíço integra o calendário do Projeto Brasil Arte Contemporânea, que organiza a participação das galerias brasileiras nos principais eventos do setor. “A participação em feiras, exposições e missões internacionais tem atraído o interesse de um público que desconhecia o potencial artístico brasileiro. Isso ajudou a melhorar o perfil exportador do setor de arte contemporânea”, avalia o presidente da Apex-Brasil, Maurício Borges. O incentivo a essa participação internacional, segundo a agência, faz com que 25 empresas brasileiras sejam hoje exportadoras de artes plásticas contemporâneas. Vinte delas exportam de forma constante, participando de pelo menos uma feira internacional por ano.


Porém, reafirmo que o mercado de arte no Brasil está aquecido. Hoje há interesses de diversos públicos para compreender os novos rumos das artes plásticas. Em um período onde o caos prevalece e a improvisação entra na estética da arte, certamente a curiosidade serve como uma estratégica motivadora. Sobre o tema o crítico José Maria Mejhias fala com muita propriedade.

POLUIÇÃO VISUAL

A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a fachada das edificações, pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a outros, etc. O indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de que ele é um agente que participa ativamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenômenos de massas. A profusão da propaganda na paisagem urbana pode ser considerada uma característica da cultura de massas pós-moderna.
Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas fachadas a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao usuário.