domingo, 24 de julho de 2011

ANGÚSTIA



Angústia
Nas calçadas repletas de gente o isolamento.

Nesta noite a analogia do negrume

cobre os miolos e o ego.


Há pouco colocava Ketchupe mostarda no cachorro quente,

tomava coca-cola.

Subidamente as mãos ficaram úmidas

debruçadas nos teus cabelos

distantes,

desfalecendo no vazio

no silêncio precipitado que corrói: a cabeça, as artérias, o estomago.


No reflexo somente a consciênciaunia o chão a matéria.

Despia a alma duvidosa.

incendiando a inquisição...

Mostrando este poema louco,

vertiginoso,

sem sons,

atritante nos ossos.


Dissolvia o tempo para o último encontro,

apontando todos os fortíssimos erros;

impondo segundo a segundo

com golpes fundos

o prenúncio da derrota,

o mistério de chorar.


Vicente de Percia- “Brasil da Silva: Mistério de Chorar, Edit/ Achiamé, Rio de Janeiro, 1ª edição 1982 em 4ª edição