sábado, 12 de maio de 2012

A VOLTA( E OS NOVOS DESEJOS)DOS INDIGNADOS


Por Manuel Castells | Tradução: Antonio Martins
Mas… não estava morto e enterrado o 15-M? Não havia degenerado em violência de rua, para a qual temos a polícia? Não tinham se convertido, os mais sensatos, numa associação legal Democracia Real Já!, devidamente registrada no ministério do Interior? Que resta destes movimento espontâneo, maciço e criativo que contou, durante meses, com apoio moral de três em cada quatro cidadãos? Logo saberemos. Nas redes sociais já circula o chamado para uma manifestação local e global, em 12 de maio. Reúne milhares de pessoas em todo o mundo, com o lema “Unidos por uma mudança global”. Reativa os protestos que mobilizaram milhões, em 951 cidades e 82 países, em 15 de outubro de 2011. E este movimento rizomático, com múltiplos nós mutantes e autônomos, que vive nas redes sociais da internet e nas pessoas, mantém o fogo da indignação, enquanto as coisas permaneçam como estão.Aparece, desaparece e reaparece no espaço público para reafirmar sua existência e formular um projeto de mudança social. Por ser movimento sem chefes, baseado na horizontalidade e na participação, sem normas nem programa, supera qualquer circunstância. Não se cria nem se destrói: transforma-se. Sobrevive ao próprio perigo mais comum dos movimentos sociais: a autodestruição por disputas internas.Certas práticas usuais da esquerda não afetam o 15-M. Quando, há alguns dias, Fabio Gandara (um veternao do movimento) e outras pessoas impacientaram-se e criaram uma associação DRY [Democracia Real Ya], para atuar em nome do movimento, soou o alarme nas redes sociais. Tal decisão, tomada de forma pouco clara e minoritária, segundo parece à maioria dos nós locais do movimento, contrariava os princípios de democracia assembleária sobre os quais se apóia o 15-M. Mas depois de um momento de irritação inicial, adotou-se a atitude de que cada um faz o que quer e não cai o mundo. A declaração do movimento de Valência, que se opôs em 25 abril à ideia da associação era assinada por “Democracia Real Já (o objetivo, não a marca)”, porque não há marca, ninguém pode se apropriar do que não tem proprietário. O 15-M é das pessoas que saem às ruas e debatem na rede, a cada momento: cada um com suas razões, reivindicações, ideais e manias. Por isso, não é nem será um partido ou algo parecido. Também não há problema (exceto se houver trols no meio) se pessoas de boa fé decidirem seguir outro caminho, por objetivos amplamente compartilhados. É uma rede aberta, não uma burocracia fechada.

terça-feira, 1 de maio de 2012

MUSEU ITALIANO QUEIMA OBRAS POR FALTA DE VERBAS


Contemporary Art Museum", que fica na cidade de Casoria (na província de Nápoles), começou a queimar obras de arte nesta terça-feira. O objetivo do ato é protestar contra os cortes de orçamento do governo.

A primeira obra a que a instituição ateou fogo foi uma pintura de Severine Bourguignon. A artista francesa é a favor do protesto e acompanhou a movimentação por Skype.
"Nossas obras estão indo para a destruição de qualquer forma por causa da indiferença do governo", disse o diretor do museu Antonio Manfredi. Ele planeja queimar três obras de arte em uma semana em uma iniciativa chamada de "Art War" (ou "Guerra de Arte", em tradução livre).
Em 2011, Manfredi fez um pedido formal de "asilo artístico" à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para abrigar sua equipe e obras do acervo. Na época, ele afirmou ser ameaçado pela máfia e criticou a incapacidade do governo de proteger a rica herança cultural do país. No entanto, nunca recebeu uma resposta das autoridades alemãs.
O museu tornou-se conhecido por suas exposições ousadas contra o grupo mafioso de Nápoles, o Camorra. A instituição chegou a receber intimidações por causa das mostras.

ANTES DA HISTÓRIA REGISTRADA


As origens da história da arte africana está situada muito antes da história registrada. A arte africana em rocha no Saara, em Níger, conserva entalhes de 6000 anos.
As esculturas mais antigas conhecidas são dos Nok cultura da Nigéria, feitas por volta 500 d.C.. Junto com a África Subsariana, as artes culturais das tribos ocidentais, artefatos do Egito antigo, e artesanatos indígenas do sul também contribuíram grandemente para a arte africana. Muitas vezes, representando a abundância da natureza circundante, a arte foi muitas vezes interpretações abstratas de animais, vida vegetal, ou desenhos naturais e formas.