quarta-feira, 7 de setembro de 2011

POLUIÇÃO VISUAL

A poluição visual degrada os centros urbanos pela não coerência com a fachada das edificações, pela falta de harmonia de anúncios, logotipos e propagandas que concorrem pela atenção do espectador, causando prejuízo a outros, etc. O indivíduo perde, em um certo sentido, a sua cidadania (no sentido de que ele é um agente que participa ativamente da dinâmica da cidade) para se tornar apenas um espectador e consumidor, envolvido na efemeridade dos fenômenos de massas. A profusão da propaganda na paisagem urbana pode ser considerada uma característica da cultura de massas pós-moderna.
Certos municípios, quando tentam revitalizar regiões degradadas pela violência e pelos diversos tipos de poluição, baixam normas contra a poluição visual, determinando que as lojas e outros geradores desse tipo de poluição mudem suas fachadas a fim de tornar a cidade mais harmônica e esteticamente agradável ao usuário.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

DESMATAMENTO


Por Henrique Rattner


A taxa de desmatamento no Brasil diminuiu significativamente: 2,8 milhões de hectares da floresta amazônica foram queimados em 2004. No ano passado, foram somente 750 mil hectares. Na década passada, segundo relatório das Nações Unidas, quase oito milhões de hectares foram reflorestados, sobretudo nos países ricos como os da América do Norte e a Europa, onde a diminuição da população rural reduziu as pressões sobre as terras cobertas por florestas. Mas também alguns países mais pobres, como a China, lançaram grandes planos de plantio de florestas com o objetivo de prevenir desastres naturais, consequências do desmatamento. Mesmo nos países tropicais, onde o maior número de desmatamentos ocorre, o Brasil e outros resistem às investidas de desmatamento por madeireiras e agricultores.
Pelo menos durante os últimos dez mil anos, desde que o gelo derreteu e as florestas voltaram a cobrir a terra, os homens as destruíram. Na Europa medieval, uma população em rápida expansão derrubou metade das árvores para dar espaço à agricultura. Uma área de 100 milhões de hectares foi derrubada para “melhorar” a qualidade do solo. Nos países ricos, a pressão sobre as florestas diminuiu, mas nos países tropicais que abrigam metade das florestas remanescentes, a demanda por terras cultiváveis está crescendo no ritmo de crescimento da população.
Desmatando as florestas talvez enriqueçam alguns, mas em longo prazo empobrecem o planeta todo. As florestas úmidas tropicais constituem fator importante nos ciclos de água continentais. A perda da floresta tropical da Amazônia reduz a pluviosidade nas Américas, com sérias consequências para os agricultores no hemisfério Norte. Ao regularizar o escoamento, as árvores ajudam no suprimento de água e previnem desastres naturais, como inundações e desabamentos de morros. E, para aqueles preocupados com os efeitos da mudança climática, as florestas contêm duas vezes mais carbono do que a atmosfera. Perdendo as florestas perde-se milhões de espécies, pois elas detêm 80% da biodiversidade terrestre.
O desenvolvimento econômico pode ser tanto a causa do desmatamento quanto de sua redução. A globalização acelera a demanda por produtos agrícolas de países tropicais. Emergindo da pobreza, sua população torna-se mais próspera e reclama de seus governos leis que protejam o meio ambiente e fiscalizem seu comércio. A transição do desmatamento para a proteção das florestas é um processo lento demais. O principal esforço e instrumento internacional é conhecido pela sigla REDD – redução de emissões por desmatamento e degradação. Preconiza o pagamento às populações dos países em desenvolvimento para deixar as árvores em pé, o que se tornou hábito de governos e empresas pagarem por florestas e outros serviços de ecossistemas.
O único sucesso da Conferência sobre Mudança Climática de Copenhague, em dezembro de 2009, foi o compromisso de continuar o programa REDD. Países ricos, a Noruega, a Grã Bretanha e os Estados Unidos prometeram 4,5 bilhões de dólares para iniciar as atividades do projeto. Os problemas e dificuldades são enormes. Algumas das florestas em regiões tropicais situam-se em áreas de pior administração pública, elevando os custos e os riscos de desvio dos recursos eventualmente alocados. As falhas na execução dos programas significam a perda de recursos mais valiosos do planeta.
Aproximadamente metade das florestas foi dizimada pelo desmatamento, responsável pela emissão de CO2 correspondendo de 15% a 17% do total, mais do que todos os aviões, automóveis, navios e trens. Estima- se que a floresta amazônica está sequestrando 1,3 gigatoneladas de carbono, quantidade igual a emissões recentes por desmatamento. No mundo, as florestas e o solo debaixo delas absorvem quase ¼ de todas as emissões de carbono. Isto representa uma contribuição vital à vida, além de abrigar mais da metade de todas as espécies de animais, pássaros e insetos e suprir inúmeras plantas medicinais. 400 milhões de pessoas encontram nas florestas seu habitat e os meios para sua subsistência

domingo, 24 de julho de 2011

ANGÚSTIA



Angústia
Nas calçadas repletas de gente o isolamento.

Nesta noite a analogia do negrume

cobre os miolos e o ego.


Há pouco colocava Ketchupe mostarda no cachorro quente,

tomava coca-cola.

Subidamente as mãos ficaram úmidas

debruçadas nos teus cabelos

distantes,

desfalecendo no vazio

no silêncio precipitado que corrói: a cabeça, as artérias, o estomago.


No reflexo somente a consciênciaunia o chão a matéria.

Despia a alma duvidosa.

incendiando a inquisição...

Mostrando este poema louco,

vertiginoso,

sem sons,

atritante nos ossos.


Dissolvia o tempo para o último encontro,

apontando todos os fortíssimos erros;

impondo segundo a segundo

com golpes fundos

o prenúncio da derrota,

o mistério de chorar.


Vicente de Percia- “Brasil da Silva: Mistério de Chorar, Edit/ Achiamé, Rio de Janeiro, 1ª edição 1982 em 4ª edição

quarta-feira, 20 de julho de 2011

POEMA INÉDITO DE MIQUEL JORGE

Celas

Não há rima que faça o sol brilhar nesta cela.
A escuridão, escrava serviceira, fez parelha comigo.
Mergulho no rio, feito um cão escravo, feito quem usa palavra nova, de novo uso, assim como camisas brancasno varal, infladas ao vento.

Mergulho no rio, a pele de espelho, marcada de travos.
Troco as palavras, babel inscrita no com, ponto,Br da desordem.
Em dias de chuva, a alma armadilha-se.

02;Do azul não me lembro agora, o céu constróe-se em chamas de impossível reparos.
Superpostas cores, feito rio superposto em grito à ponte que se inclina.

Com abraço Miguel

domingo, 17 de julho de 2011

POR UM FIO


Surpresa: fantasma da revolta política e agravamento acelerado da crise financeira levam governantes a considerar hipótese vista há pouco como insana
Por Antonio Martins
O encontro de emergência dos chefes de Estado europeus, a que o texto se refere, foi finalmente marcado para 21 de julho. Continuam em pauta medidas que, por fim, obriguem o sistema financeiro -- principal responsável pela crise -- a abrir mão de parte de seus lucros. Persistem as resistências de sempre...]
Ameaçada pela falência financeira e pela desmoralização completa da política institucional, a Grécia continua no centro do palco europeu — mas acaba de haver uma grande mudança no script de seu drama. A União Europeia (UE), que até o fim de semana exigia apenas sacrifícios dos gregos e respeito aos interesses dos credores, passou a trabalhar com outra opção, a partir de segunda-feira (11/7). Ela não está sendo, nem será, chamada por seu nome verdadeiro, mas é uma moratória parcial da dívida do país, seguida de renegociação.
Por enquanto, é apenas uma hipótese, e o desfecho poderá se dar sexta-feira (15/7), numa provável reunião de chefes de Estado. Mas o simples fato de ser considerada emite um sinal claro, muito positivo e que deveria ser entendido também no Brasil. Tentar superar as novas turbulências financeiras cortando direitos sociais e serviços públicos não é a única opção – e está se tornando insustentável.

terça-feira, 12 de julho de 2011

SÃO PAULO UMA DAS CIDADES MAIS CARAS DO MUNDO

São Paulo foi considerada a 10ª cidade mais cara do mundo, de acordo com a consultoria Mercer. O custo de vida na capital paulistana está mais alto do que em Londres, Paris ou Nova York. Este estudo comparou 200 itens como moradia, transporte e alimentação, tendo como base o custo de empresas multinacionais para manter um funcionário estrangeiro na cidade.Há um ano, a cidade de São Paulo estava como 21ª mais cara do mundo. Diante da valorização do real e o aumento dos valores de imóveis no mercado imobiliário, a cidade pulou 11 posições, ficando em 10º lugar entre as 214 localidades avaliadas. Outra cidade brasileira que também disparou no ranking foi o Rio de Janeiro, que passou da 29ª posição para 12ª neste ano. A terceira cidade brasileira que figura nessa lista é Brasilia, que subiu 37 posições – da 70ª para a 33ª.


Porém, não é um mal sinal subir algumas posições na lista. Segundo a pesquisadora sênior da Mercer, Nathalie Constantin-Métral, as taxas de câmbio da America do Sul permaneceram estavéis, mas o real teve um fortalecimento significativo comparado ao dólar, o que fez que o custo de vida se tornasse mais caro para um estrangeiro.No topo da lista de cidades mais caras está Luanda, em Angola e o segundo lugar ficou para Tóquio, no Japão. Nos EUA, a cidade mais cara é Nova York, na 32ª posição, seguida de Los Angeles e Chicago. O objetivo desta pesquisa é auxiliar empresas multinacionais a definirem os subsídios aos seus funcionários enviados a outros países.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MOEDA COMEMORATIVA 300 ANOS DE OURO PRETO, MINAS GERAIS



O Banco Central do Brasil e a Casa da Moeda do Brasil lançarão na próxima sexta-feira (1º de julho) uma moeda comemorativa (foto) em homenagem aos 300 anos de Ouro Preto (MG). Elaborada em prata, a moeda tem valor de face de cinco reais - no anverso há uma composição representando a arquitetura da cidade, com destaque ao casario e igrejas.

A moeda custará R$ 140 e poderá ser adquirida a partir da próxima segunda-feira (4/7) no site
do Banco do Brasil.