Ser central cultural da UE é boa oportunidade de chamar a atenção para si. A capital da Letônia está satisfeita com o interesse dos visitantes, mas, acima de tudo, traz uma programação voltada para a população local.
Um povo musical
Na Letônia, a cultura sempre esteve ligada à música: os letões gostam de cantar. "Cantamos do berço ao túmulo", em qualquer época do ano e há muitas gerações, diz Muhka. "Afinal, nós éramos lavradores, primeiro para os soberanos alemães, depois para nós mesmos." E, como é sabido, o canto costuma ajudar no trabalho braçal.
E não somente nele. Na época da ocupação soviética, a identidade nacional era fortalecida nas festas populares em que se cantavam principalmente dainas, canções folclóricas letãs. Anna Muhka lembra que essas festas deram até origem à assim chamada "Revolução Cantante".
Em meados de 2014, 20 mil participantes de quase 90 países vão encher as praças e ruas da capital com seu canto, na competição coral World Choir Games. Além disso, durante todo o ano uma série de concertos trará estrelas da música mundial naturais de Riga, como o regente Mariss Jansons, a meio-soprano Elina Garanča ou o violinista Gidon Kremer.
E já no fim de semana de abertura em janeiro, a Ópera Nacional da Letônia estreia uma montagem multimídia de Rienzi, de Richard Wagner. O gênio musical alemão iniciou a composição da ópera durante seu período como mestre de capela em Riga, entre 1837 e 1839.
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