
" A Tosca " dessa temporada de 2011 não acompanhou o mesmo brilhantismo de outras montagens do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O cenário de Carla Camurati e Cecília Modesto e figurino de Cecília Modesto, contribuíram parra certa apatia e distanciamento do drama. O público conhecedor não se emocionou. A concepção de Carla Camurati não acompanha o desejado e suas marcações prejudicaram o andamento do drama, sente-se a superficialidade da direção As récitas com a soprano americana Sandra Radvanovsky, Thiago Aracan( tenor brasileiro) e Juan Pons( baritono espanhol) foram as melhores. Apesar de possuirem vozes belas e boas perfomaces não conseguiram superar os erros da direção imposta prejudicada por figurinos com cores fortíssimas, berrantes, "expressivas" demais para a época. Havia um desacordo com a peça de Victorien Sardou. Um distanciamento que não propiciava o desejado, era latente nessa montagem. As récitas que tiveram a soprano japoneza Eiko Senda no papel de Flora Tosca, foram fracas, Senda não possui um registro condizente com a obra de Giacono Puccini não interpretou a apaixonante personagem como devia, os registros da soprano esperados no II ato não existiram, já o italiano Riccardo Massi somente no último ato encontrou o seu personagem. Licio Bruno foi o destaque na fraca récita com o seu personagem. O baritono brasileiro, Aracan e Radvanovsky belas trajetórias de superação com suas belas vozes diante de uma montagem fria. "A Tosca" foi em si um espetáculo acanhado. Quanto aos "bis" exagerados, o único merecedor foi a da soprano americana em " Vissi d'art, vissi d'amore.
O Theatro Municipal de São Paulo, em comemoração aos 100 anos apresentou a ópera Rigoletto com "perfeição". Nada especial.