quarta-feira, 6 de junho de 2012

BIENAL DE BERLIM 2012 - OPTA POR ABORDAR QUESTÕES SOCIAIS E RESVALA NA CRIAÇÃO ARTÍSTICA


BERLIM (Reuters) - Centenas de bétulas do maior campo de concentração nazista, o de Auschwitz-Birkenau, na Polônia, foram colocadas ao redor de Berlim como um memorial vivo desse capítulo sombrio do passado alemão.As árvores, chamadas de Birke na Alemanha, emprestaram seu nome ao campo Birkenau, onde até 1,5 milhão de pessoas, na maioria judeus, morreram entre 1940 e 1945.A instalação "Berlin-Birkenau", do artista polonês Lukasz Surowiec, de 26 anos, integra a Bienal de Berlim, um festival de arte contemporânea devotado este ano à arte política."Esta é uma tentativa de criar um novo tipo de monumento - um monumento vivo", disse Surowiec, que colocou placas comemorativas na frente das árvores. “Com a ajuda da natureza, eu tento continuar uma missão geracional de aprofundamento da memória das vítimas do Holocausto.""Meu projeto é efetivamente baseado em devolver a 'herança' aos seus proprietários."O diretor da bienal, o também polonês Artur Zmijewski, disse que parece paradoxal a seus compatriotas que o lugar onde os alemães cometeram um dos piores crimes contra a humanidade não seja na Alemanha, mas na Polônia.A instalação, uma das várias da bienal que não está confinada a uma galeria ou a um museu, é portanto sobre a "política da história", disse ele.O Holocausto e os territórios palestinos são temas fortes na bienal deste ano, que é dirigida pelo centro de arte contemporânea KW na antiga Berlim Oriental

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