
Nas calçadas repletas de gente o isolamento.
Nesta noite a analogia do negrume
cobre os miolos e o ego.
Há pouco colocava ketchup
e mostarda no cachorro quente,
tomava coca-cola.
Subitamente, as mãos ficaram úmidas
debruçadas nos teus cabelos distantes,
desfalecendo no vazio
no silêncio precipitado que corrói: a cabeça, as artérias, o estômago.
No reflexo somente a consciência
união chão a matéria.
Despia a alma duvidosa,
incendiando a inquisição...
Mostrando este poema louco.
vertiginoso,
sem sons,
Atritante nos ossos.
Dissolvia o tempo para o último encontro,
apontando todos os fortíssimos erros;
impondo segundo a segundo
com golpes fundos
o prenúncio da derrota,
o mistério de Chorar.
Poema de Vicente de Percia- "Brasil da Silva:Mistério de Chorar"- edit/ Achiamé, Rio de Janeiro.
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